Introspecção: análise interior feita pelo próprio sujeito foi o primeiro método utilizado em psicologia. Wundt desenvolveu-o no seu paradigma – Associacionismo – e recorreu a ele, para de forma sistemática e controlada, estudar os fenómenos da consciência.
- Foi alvo de criticas:
· Augusto Comte – A psicologia não podia constituir-se como ciência porque o seu objecto (estudo da consciência), não podia ser objectivamente estudado. A introspecção não teria qualquer valor dado que sujeito que observa e objecto observado são o mesmo, e a condição fundamental para a observação científica é a sua distinção;
· A introspecção é no fundo uma retrospecção: só se observa um fenómeno psíquico depois de ele ter acontecido;
· Os dados da introspecção só podem ser exprimidos através da linguagem, e o sujeito nem sempre se consegue exprimir correctamente;
· Se o sujeito esta muito emocionado não consegue analisar objectivamente a emoção;
· Só o próprio sujeito que pratica a introspecção pode analisar as suas experiências internas -> subjectividade;
· Não se pode adaptar à psicologia animal e infantil -> é redutor;
· Não permite aceder ao inconsciente (que segundo os psicanalistas influencia determinantemente o comportamento);
· Piaget – ao analisarmos racionalmente os sentimentos ou emoções estamos a modifica-los, pois adicionamos-lhe uma dimensão racional que inicialmente não possuíam;
- O carácter relativista e subjectivo do método introspectivo leva a estas reacções de critica ao mesmo, e à defesa do método experimental;
- a introspecção é utilizada actualmente como complemento a outros métodos, como o clínico;
Vantagens: pode ser usado para compreender fenómenos psíquicos de difícil observação externa, embora não se consiga impor como metodologia científica.