Clínico

·         Abrange um conjunto de metodologias e técnicas diversificadas, de índole qualitativa, que pretendem estudar em profundidade um indivíduo ou assunto;

·         Surge como reacção ao método experimental, mais interessado em resultados finais quantitativos do que na analise do processo em estudo;

·         Visa a compreensão global do sujeito tendo em conta a sua personalidade como um todo;

·         O psicólogo clínico interessa-se pelo passado do sujeito, as suas perspectivas de futuro, os seus valores, as suas crenças, os seus afectos, os seus projectos;

·         Freud, numa atitude de investigador clínico, escutava, compreendia e aprendia com os seus pacientes;

·         Piaget, interessado em compreender como se desenvolvia a inteligência na criança, não fez estudos em extensas amostras. Pelo contrario, observou e analisou algumas crianças individualmente e em grupo;

·         Técnicas de observação clínica:

§ O método clínico é não só um método usado na pesquisa sociológica, mas também o conjunto de intervenções do psicólogo em situações de terapia, apoio, aconselhamento e orientação psicológica. Assim, é um conceito abrangente que se aplica a uma metodologia para investigar e intervir;

§ É inerente a este método a intersubjectividade, na medida em que o psicólogo partilha com o sujeito os seus problemas e preocupações. Uma das condições necessárias no método clínico é a criação de um clima de empatia, segurança e compreensão entre os intervenientes;

§ A utilização do método clínico permite aprofundar o conhecimento de alguns conteúdos de difícil acesso, como sentimentos pessoais e pensamentos íntimos;

§ No método clínico, o psicólogo, alem de adoptar determinadas atitudes, pode recorrer a varias técnicas:

• Anamnese e dados biográficos – história da vida do individuo;
• Entrevista clínica – meio de diagnóstico e de psicoterapia;
• Observação clínica;

§ Testes, sobretudo os de personalidade. A utilização de testes estandardizados no método clínico deve ser rodeada de precauções: o sujeito não pode ser colocado nem sentir-se numa situação de exame ou julgamento. Se assim acontecesse, estaria em causa a confiança interpessoal, a atitude clínica.